12 de set. de 2012

Isenção - DETRAN

Depois de longos 9 meses (a pedido deles - 1 ano após minhas convulsões), finalmente eu retornei ao DETRAN.  Após 6 meses do "desmame" do medicamento para evitar convulsões, estaria liberada para a nova avaliação da Junta Médica.

Vou confessar que no último mês já vinha dirigindo meu carrinho por curtas distâncias, porque afinal de contas aquela dependência de taxi já tava me enchendo o saco (além de esvasiar meus bolsos!).  A minha percepção geral é que eu voltei a dirigir com 80% da minha capacidade.

Sempre me considerei uma boa motorista, mas confesso que estava vacilando com coisas básicas.  Sei que a minha falta de treino (direção) por um ano inteiro colaborou com isso, mas confesso também que a resposta do meu lado direito (comprometido) está diferente do meu lado esquerdo, está mais lento.


Ou seja, aquela velha compensação de embreagem X acelerador está longe de ser a mesma.  No meio da direção não tenho muito problema de passar marcha, mas a 1a. e a ré volta a meia o carro morre, engasga, quem dira controlar o carro numa ladeira (graças a Deus Brasília não tem muitas).

O braço responde bem ao volante, mas não tem a força suficiente para passar uma ré como se nada estivesse acontecendo.  Nessas horas, tenho que ser mais "enérgica"com o câmbio.

Convenhamos, um carro automático de ajudaria e muito nessas funções!

Agendei minha volta ao DETRAN com o mesmo médico que me atendeu antes, segundo orientação do próprio DETRAN.  Só ele poderia me liberar/avaliar novamente.

Lá fui eu, com a minha pastinha "DETRAN" debaixo do braço para a hora agendada.  Levei o bendito papel que anteriormente ele tinha me dado, preenchido à mão pela minha neurologista, assinado por ela, atestando que não tomava mais anti-convulsivante há seis meses, e que não apresentava outra crise convulsiva há mais de ano.

Ele me avaliou, fez exame de vista, pediu o documento (o preenchido pela minha neuro) e me disse que marcaria a nova Junta Médica (JME) para me avaliar, e ver qual seria a adaptação necessária (pelo que entendi, só a JME para liberar).  Eu fui bem sincera quanto às minhas dificuldades num carro normal, afinal se ele me olhasse sem muito cuidado veria que estou quase 100%.

Cogitou a mudança de lado do câmbio, sugestão que eu abominei!  Imagina, se eu tenho dificuldade de coordenar o meu lado direito com o esquerdo, qual seria a vantagem de mudar o câmbio de lado???  NENHUMA!

Voltei umas 2 semanas depois para a avaliação pela JME (os mesmos 3 médicos que me avaliaram ano passado).  Já de cara me pediram o laudo do DETRAN preenchido pela minha neuro.  Estava no meu processo, como já tinha levado na visita anterior.

Viram que estava tudo em ordem, e me pediram para andar e fazer uns movimentos com a mão.  Me avaliaram com uma disdiadococinesia (minha mão direita não responde com a mesma velocidade do lado esquerdo), e uma marcha atípica, apesar do equilíbrio estático e dinâmico preservado.

Conclusão: veículo adapatado com direção hidráulica ou elétrica e transmissão automática.  UFA!!!

Já sai com a minha carteira provisória, e quando chegar a definitiva virá com a observação do carro adaptado.

O passo seguinte será a compra.  Cada concessionária tem um departamento de vendas diretas (direto da fábrica), onde atende esse tipo de venda.  Lá, a concessionária mesmo indica ou fornece um despachante, que irá junto à Receita Federal correr atrás da isenção de IPI, e junto à Receita Estadual atrás da isenção do ICMS e IPVA, para assim efetuar a compra.

Espero que tenha esclarecido algumas dúvidas aqui, mas não deixe de ir ao DETRAN da sua cidade para ver o que você precisa!

*****Veja a 1a. parte do DETRAN aqui!